28 de fevereiro de 2015

Nada a declarar...


Não consigo esconder a minha fraqueza diante a força do amor que ainda tenho dentro de mim.
Amor bandido, amor cruel, amor que dói, que faz sofrer, me faz chorar.
Ferida aberta que me machuca mais uma vez só de pensar que te perdi.
Me perco em mim por não saber se sou capaz de resistir tais pensamentos a ecoar dentro de mim.
Acendo a luz, e ainda sim a escuridão não sai de mim.
Se os sentidos eu já perdi e de todos os erros que cometi, se o maior foi te perder, perdi o jogo, não quis vencer.
Jogo pra dois, só tinha um...
Era metade vazio...
Era metade sonhando...
Era metade sofrendo...
Era metade querendo...
Outra metade faltando.
Do outro lado a vida, o mundo inteiro gritando...
Não é a hora certa, se afasta, é muito cedo.
Chegamos ao ponto onde tudo acaba onde começamos.
De brincadeira em brincadeira a vida vai nos levando cada vez mais pra longe.
Tentei voltar, não fui capaz.
Doeu em mim, vou aguentar?
Não sei, ainda mais quando a distancia já não nos separa mais.
Desejo enterrar esta agonia que me sufoca à cada dia.
E mesmo em silencio, perto ou longe você sempre esteve aqui
Porque mesmo em meio a solidão eu te sentia

A lembrança me transportou para um momento no qual a felicidade era o meu maior presente. 
Lembrança que me tortura em silêncio, que me fere como lâmina afiada. 
O coração sangra em silêncio, definha em silêncio, se vai com as ondas...
E ao mesmo tempo em que estou fragilizado e vulnerável me sinto forte.
O coração quis, a razão disse não... 
E eu displicentemente me perdi no deserto dos sonhos de um outro alguém...
Agora o caminho não tem mais tanta beleza...
Aceito o destino que a vida traçou pra mim.
Aceito sim, mas não em silencio. 
O coração grita a plenos pulmões o desejo de amar novamente.
Um lamento que um dia alguém em algum lugar vai ouvir...
E quem sabe o amor vai sorrir novamente... 

Tom Weiss
28/02/2015