22 de setembro de 2015

Nau à deriva






Levantar ancora! Preparar pra navegar...
Essa é a ordem do dia.
Sem rumo, sem direção.
Desbravar mares nunca dantes navegados.
Procurar um cais seguro, um cais onde eu possa me atracar.
Sou um barco à deriva, perdido na tormenta.
Atormentado pelos pensamentos, pelos sentimentos.
Procuro a cura, preciso de alivio imediato.
As avarias no casco foram imensas, mas ainda consigo navegar sem naufragar.
Levo as dores e o sofrimento de bagagem, mas ainda há espaço pra muita coisa.
Meu Norte não se sabe onde é.
Minha sorte é ser resistente.
Ainda que eu navegue por todos os mares e por todos os portos não sei se serei capaz de me sentir seguro novamente, por mais que eu deseje isso mais que tudo.
Mas não desistirei de tentar.
Quem sabe a sorte me faça forte, pra enfrentar até a morte que insiste em me vigiar.
Pra que eu aporte num porto forte, quem sabe ao norte de tudo que me faz sofrer...


Tom Weiss
22/09/15