14 de agosto de 2015

Lágrimas no Paraíso



E lá estava a rede no mesmo lugar da última vez.
O vento a balançava sem parar.
Eu fiquei parado na sua frente por longos minutos sem me mover.
As lembranças uma a uma diante dos meus olhos.
E eu ali, sem ação.
Por um instante tive a impressão que tinha voltado no tempo.
Podia ouvir sua voz me chamando, senti seu perfume no ar
Naquele momento o que eu mais queria era acreditar.
As ondas quebrando com força, o vento nas arvores ao redor
Eu deitado na rede te aninhando no meu peito depois de te amar.
Senti seu coração acelerado, respiração ofegante ainda em transe depois do prazer.
A lua brilhando no céu.
Era o paraíso de verdade.
E eu ali feliz, completo, inteiro, realizado, amado, amando, vivendo...
As lágrimas caíram cheias de saudade do sonho que vivemos acordados.
E eu ali parado, em frente a rede.
Ao deitar, senti seu cheiro, lembrei do beijo, chorei de novo.
Um eu te amo, ao pé do ouvido, amor eterno? Correspondido?
Olho pra lua, faço um pedido, quero esquecer mas não consigo
Por onde for, levo comigo.
No coração um amor vivido.
Dentro do seu já esquecido, amor cruel, amor bandido.


Tom Weiss

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