3 de janeiro de 2015

Meu querido diário II


Mais um dia nessa triste vida solitária.
Os dias parecem passar tão lentamente que tenho a impressão que estou preso no tempo.
Preso no espaço tempo da minha dor. Desconhecendo as razões do meu coração. Vive me pregando peças. E quem disse que o coração tem razão em alguma coisa?
O fantasma da sua presença me ronda o tempo todo. E quando penso que já esqueci, ela se faz presente de alguma maneira. Nesse instante vem a tona todas as lembranças que estavam aparentemente enterradas no meu passado. Coisas que eu realmente queria esquecer mas não consigo.
Ensaio uma nova tentativa de viver mas não passa do primeiro acorde. A vida fica ali passando na minha frente enquanto eu, paralisado pela lembrança e pela saudade não consigo me mover.
O tempo não para já dizia o poeta, mesmo querendo que ele voltasse as vezes, outras não, sei lá. Tudo fica confuso. 
Deve haver alguma maneira de me libertar da prisão que se tornou esse sentimento. Deve haver alguma forma de esquecer esse sentimento. Deve haver alguma coisa que ainda não tentei.
Mais uma vez estou perdido sem saber o que fazer. Só Deus pra ter piedade de mim.
Mais um dia triste e infame na minha insignificante existência. 


Tom Weiss
03/01/15
Parte do livro Meu querido diário.

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