10 de agosto de 2016

Ponto de partida


Estou indo embora aos poucos,
Quando não respondes,
Quando me ignoras,
Quando sei que tudo que sinto é em vão.
Ás vezes olho pra trás e tenho certeza que não existiu nada.
À frente não existe futuro, apenas dúvidas.
Apenas escuridão, sem luz no fim do túnel.
Pode ser sombrio, eu sei, mas o que posso fazer se é assim que eu me sinto?
Envolto à escuridão que a dor e a sua ausência me causaram.
Estou partindo aos prantos.
Gritando por socorro, sem voz, afônico. Ninguém me ouve.
Gritando aos quatro cantos da Terra, implorando sua atenção.
Quem sou? Não me reconheço.
Onde ir? sem esperança.
O que fazer da vida, se a vida que eu tinha já não me pertence mais?
Minha cura é a minha maior doença.
Me fez bem e me faz mal.
Estou partindo, estou a partir, estou a partir daqui entregando o jogo.
Estou partindo pra onde você não me alcance.
Estou partindo pra dentro de mim.
De volta ao inicio, onde não existia você.


Tom Weiss
10/08/2016



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