Doce vida

Quando a ultima estrela se apagar, só vai restar a saudade e a escuridão.
Lembrança de um tempo no passado perdida.
Pelo menos tive esta ilusão.
Cada gota do oceano, uma memória que se foi.
Cada palavra mesmo que não pronunciada, uma historia pra contar.
À primeira vista, as coisas ficam expostas como num museu.
Retratos e lembranças de fatos que ficaram para trás.
Sentimentos de culpa, dor, tristeza, nostalgia.
Alegria por ter vivido tudo isso e ainda sim poder sorrir sem medo da morte eminente.
“La dolce vitta”.
C’e uma paura sai.
Viver à margem da estrada nos leva a uma suposta felicidade que parece existir somente nos sonhos.
Há uma certeza, o medo, presente em tudo até na coragem.
Saber da existência de culpa, não redime os erros, mas dá esperanças para continuar a caminhada.
As lágrimas caem com facilidade.
A emoção me entorpece.
Nem sempre a vida é tão doce assim.
No mais, a dor de sentir na pele cada lágrima que desce no rosto, contendo mistérios que só o coração de quem conheceu o amor sabe explicar.


Tom Weiss
17/03/2011