Tenho saudades da vida que não sei se vivi.
Tenho vontade de saber como poderia ter sido feliz.
Tenho medo de acordar e perceber que ainda estou sonhando.
Tenho certeza que tudo um dia acaba, até a dor.
Posso estar perdido, sem direção.
Posso estar sozinho.
Posso estar preso.
Quero ser livre.
Como assim ser livre?
Não sou livre?
Juro que não sabia.
Estou preso à solidão, trancado numa prisão sem muros dentro do meu coração.
Perco a o rumo.
Dou-me conta que estou abandonado num deserto sem fim, cheio de dor, sem esperanças.
Triste vida a vida de um homem que não sabe onde foi que perdeu o amor.
Amor perdido pelas paixões, pelas ruas, pelas pedras no caminho.
Verdadeiras montanhas no caminho.
Por que é tão difícil?
Perdi o meu por não ter forças pra lutar.
Hoje me restam as palavras, palavras estas parecer sem sentido.
Um mar de lamentos. Um tipo de confissão sem ninguém pra ouvir.
Mas não sou só eu que perde com isso.
Tens idéia do que isso quer dizer?
Tens noção do que podes estar deixando a vida te roubar?
Meu sentimento por um instante dá sinal de vida, mas retorna ao coma.
Que razão tem o coração que a própria razão não conhece?
O meu coração não tem razão nenhuma pra acreditar nele mesmo.
Arrancaria- o do meu peito se pudesse.
Até quando vai durar este pesadelo?
Será que é mesmo um pesadelo?
A vida nem sempre é um mar de rosas. E se for deve ser de rosas negras.
Pelo menos a minha vida é assim. Um mar sem vida.
Nas lágrimas que rolam do meu rosto a esperança em um novo amanhã mais generoso.
Tenho medo de sonhar antes de dormir.
Tenho vontade de fugir de mim.
Desaparecer no infinito.
Diante do espelho não consigo mais reconhecer meu próprio reflexo.
Quem sou?
Tom Weiss
09/03/2011
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