Não sei porque entrego os pontos tão facilmente. Devo ser fraco demais, vulnerável ou não tenho defesa.
Talvez a minha sina seja a solidão. sozinho sou forte.
É quase impossível acreditar no destino. Destino este que fere, tortura e humilha meu ego.
As vezes parece brincadeira, as oportunidades aparecem mas se vão da mesma maneira. Rapidamente tudo se transforma outra vez em um vazio sem fim, como se fosse uma penitência.
Acredito então que o inferno seja aqui. Não sei o que fiz pra merecer tamanho castigo.
Outra vez tenho a chance de ser feliz. E por mais uma vez o destino ri da minha cara.
Tenho quase certeza que não sou digno de ter felicidade. Muitas vezes o mundo todo parece estar contra mim.
Um grande abismo se abre aos meus pés. Um passo em falso, e não posso mais voltar. Acho que já caí, tudo é tão escuro agora.
De repente alguem aparece dizendo:
- Amanhã é outro dia !
Pra mim não parece ter amanhã. O outro dia não chega nunca. É tortura tenho certeza. A solidão é realmente meu castigo.
Ainda que o destino seja o meu principal inimigo, muitas vezes eu mesmo sou o vilão. Afasto sempre por motivos que desconheço a pessoa que está ao meu lado e assim mais uma vez me vejo só, abandonado por mim mesmo.
Paro pra pensar no que está errado e não consigo achar a resposta. Não tenho ainda o direito de saber a verdade. Até nisso a vida conspira contra mim.
Qual seria a solução?
Me isolar do resto do mundo? Ou o resto do mundo se esquecer de mim?
Não tenho esta resposta também.
Então eu paro de viver meu castigo e sinto como se fosse um deserto, infinito aos olhos, vazio e insólito. Melhor retrato de mim mesmo, quente durante o dia e frio durante a noite.
Peço desculpas pelo lamento, mas me sinto assim:
Um João ninguém em outro planeta, um zero à esquerda, inútil e sem sentimentos, aliás, sentimento até posso ter mas perece se não é correspondido da maneira que deveria ser.
Já não tenho força pra lutar contra mim. Me rendo agora à minha pena. Ficarei só até que a ultima gota de amor habite o meu coração. Tenho o amor dentro de mim e não o darei a mais ninguém. Então ele se acabará e, quem sabe assim serei feliz?
Quem saberá?
Tom Weiss
29/09/2004
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