Trampolim de sonhos perdidos nas águas de um rio sereno de sentimentos solitários que invadem minha cabeça sem pedir licença.
Perturba minha vida se perceber a dor conseqüente de tal ato inocente, que as vezes parece ternura.
O sol se pondo no horizonte escondido atrás da montanha, desenhando sombras no castelo rabiscado num papel A4, me devolve o sorriso à face, devolve o brilho perdido aos olhos molhados pelas águas de um rio absolutamente tranqüilo.
Os momentos alegres, as músicas entoadas ao entardecer, os olhares de desejo, a vontade de beijar tua boca, a dúvida, a amizade inabalável, tudo trás a dor de não ter arriscado todas as fichas.
De saldo, o medo. Medo de cair num abismo e não mais poder voltar.
Sonho calado, sofro calado, choro sem lágrimas, amo calado, pois tenho medo.
Medo de te perder, por isso me calo.
Será isto o tal amor platônico?
Sinceramente, não sei !
Tom Weiss
08/10/2003
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