15 de fevereiro de 2011

Era uma vez...


A um passo daquilo que seria o caos, a vida passava diante dos seus olhos como um filme em slow motion.
Em segundos podia rever toda uma vida que estava prestes a acabar.
Milhares de figurantes construíam a estória.
Ao vivo, sem VT.
Com a chance unica de não errar (errar é humano). Mas não podemos voltar a fita e gravar tudo de novo.
A vida não tem reprise.
Viu os primeiros passos, os primeiros acordes, a primeira vez, o primeiro amor, a primeira decepção.
Tudo era novo, era.
Voltou a ser jovem por alguns instantes.
Pode sentir outra vez a vida em seu corpo, o poder em sua alma, poder este que cada dia se tornava ainda mais forte.
O poder da natureza, do bem, isto era inabalável.
Viajava através dos olhos da pessoa amada, podendo assim ler seus pensamentos, obtendo as respostas que ansiava ouvir.
Palavras simples de dizer e tão difíceis de sentir.
Lembrou os rituais inconscientes que fazia sob a lua cheia.
Musicas entoadas com o coração.
O fogo ardendo no centro do circulo imaginário, foram muitos , em vários lugares e com pessoas diferentes.
Seus filhos cresciam felizes com amor, ternura, afeto.
Foram uma familia feliz.
Viu também a morte de sua amada, aquela que ele amou a vida toda sem pedir nada em troca, nem mesmo o seu amor.
Por que amou o suficiente para os dois, mas ela correspondeu à altura.
A vida agora não fazia mais sentido.
Sorriu uma ultima vez.
Estendendo sua mão, agarrou a mão de sua amada que esperava ansiosa sua chegada para assim continuar sua viagem através das estrelas...
Era apenas o recomeço.
E foram felizes...


Tom Weiss
15/02/2004



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